Mogli, o menino lobo.
Bagheera
Chegou o momento de conhecermos um pouco mais da história da Bagheera.
Eu sou Bagheera, uma ágil e valente pantera negra. Eu me movo rápida e silenciosamente em meio à selva e estou atenta a todos os seus sons e movimentos.
Conheço os segredos para sobreviver: um deles é cuidar do corpo para ficar forte e capaz de se defender dos males que podem me atacar.
Cuidar do corpo significa:
– alimentar-se bem;
– manter-se limpo(a);
– fazer exercícios físicos;
– evitar acidentes;
– viver em lugares limpos;
– prevenir doenças;
Cada qual é responsável pelo seu próprio corpo. Se você pretende ter um corpo forte e sadio, faça como eu!
Fonte: Alcateia em Ação – Escoteiros do Brasil – Construindo um Mundo Melhor.
E que tal relembrarmos a canção da Bagheera?
CANÇÃO DA BAGHEERA
Ela é Bagheera e é pantera negra
Ela é Bagheera e ensinou Mogli a caçar
Seus olhos verdes brilham no escuro
E ela é negra como a noite sem luar
Foi ela que na roca de conselho
Com voz macia deu um salto e falou
Direito de dizer algo não tenho
Mas dou um touro pro garoto aqui ficar
Kaa
Sou Kaa, a serpente. Mas não precisa ter medo, eu não sou venenosa. Sou esperta, experiente e posso ensiná-lo a usar sua inteligência, para que você deixe suas pegadas neste mundo para todo o sempre.
Gosto de conhecer coisas novas, pois sou muito curiosa. Lobinhos(as) também devem ser criativos, engenhosos, abertos às novidades. Kaa, sua amiga astuta e fiel, estará sempre a sua disposição. Lembre-se
disso!
As Caçadas de Kaa
Tudo aconteceu quando Baloo estava ensinando ao filhote de homem as Leis da Jângal…
Baloo se preocupava em ensinar a Mogli a linguagem de todos os povos: do povo caçador, das aves, das serpentes e dos animais de pêlo, e, às vezes até se exaltava dando umas patadas no menino para que prestasse bastante atenção nos seus ensinamentos; mesmo sendo freqüentemente repreendido por Bagheera.
Um certo dia, em que o urso tinha brigado com ele, querendo provocar Baloo, Mogli disse que havia se encontrado com os bandar-log (os macacos cinzentos, o povo sem lei, os comedores de tudo). Baloo e Bagheera ficaram muito bravos e tentaram convencê-lo de que o povo macaco era muito traiçoeiro e mentiroso, pois eles não tinham linguagem própria e não tinham chefes, eram numerosíssimos, maus, sujos e sem brio.
– O povo macaco não existe para o povo do Jângal – disse Baloo.
Porém, um dos bandar-log achava que ter Mogli seria útil ao bando, pois ele sabia tecer esteiras de vime, boas para a proteção contra o vento, e desde então, passaram a seguir Baloo e Bagheera pelo alto das árvores, ocultamente; até que um dia, na hora da sesta, enquanto dormiam, subitamente, os macacos agarraram os braços e pernas de Mogli e o levaram para o alto das árvores, de modo que o urso e a pantera não conseguiam alcançá-lo.
Os macacos foram pulando, rapidamente, de galho em galho levando o filhote de homem para bem longe. Chill, o milhano, enquanto voava procurando comida, viu os bandar-log carregando Mogli, o menino gritou para que ele avisasse Baloo e Bagheera, então, ele voou até bem alto no céu, até tornar-se um ponto quase imperceptível a fim de bem observar onde os macacos o levariam.
Baloo e Bagheera, por sua vez, estavam desesperados e inconsoláveis por terem descuidado e permitido que o menino corresse risco de vida. Pensativo, o urso lembrou-se de Kaa, a serpente, que sabia subir até o alto das árvores e porisso fazia os macacos gelarem de terror, e resolveu, então ir a procura de Kaa.
Baloo e Bagheera encontraram a grande serpente de 6 metros estirada ao sol, e para convencê-la de ir atrás dos bandar-log , disseram que eles a estavam chamando de “sem pés, minhoca amarela”, que diziam que ela era uma serpente desdentada e incapaz de atacar presa maior que um cabrito novo, e que tinha medo do chifre dos bodes.
Eis que Chill desce do alto, e conta que os macacos haviam levado Mogli para as Tocas Frias, na Cidade Perdida, e que Mang, o morcego, ficaria espionando-os durante a noite.
Os três seguiram rumo às Tocas Frias; Bagheera e Kaa na frente e Baloo, mais lento, atrás.
Dentro do reduto dos bandar-log, na Cidade Perdida, Mogli começou a sentir fome, mas os macacos eram tão atrapalhados que perdiam as frutas e nozes que traziam, durante o percurso da volta; e não era possível caçar, pois nada havia no lugar em que estavam. Mogli começou então a acreditar no que Baloo lhe dizia a respeito dos bandar-log e tentou sair da cidade, mas os macacos fizeram-no voltar.
Enquanto isso, quando uma nuvem tapava a claridade da lua, Bagheera e Kaa tentaram penetrar, secretamente, um de cada lado, mas, de repente, um macaco viu Bagheera e o bando inteiro investiu sobre a pantera, mordendo, arranhando e unhando, enquanto 5 ou 6 agarraram Mogli e o jogaram em um buraco cheio de cobras; mas, como o menino conhecia a linguagem das serpentes nada temeu. Com a orientação de Mogli, Bagheera correu para os tanques de água onde pode se proteger. Neste momento chegou Baloo, que pôs-se a lutar contra os macacos e Kaa que golpeava com seu corpo enorme fazendo com que os bandar-log fugissem aos gritos.
Kaa quebrou a parede que prendia Mowgli e ele pode, finalmente, abraçar seus amigos.
Baloo, Bagheera e Mogli foram embora e Kaa ficou, hipnotizando os macacos e saciando seu apetite.
Fonte: Alcateia em Ação – Escoteiros do Brasil – Construindo um Mundo Melhor.
Agora vamos nos lembrar da música de Kaa.
Kaá, Kaá, eu vim te perguntar…
Como é que a cobra sobe no pezinho de limão?
Se a cobra não tem pé.Se a cobra não tem mão, como é que a cobra sobre no pezinho de limão?
Estica, encolhe, meu corpo é todo mole.É assim que a cobra sobe no pezinho de limão.
Kaá, Kaá, eu vim te perguntar…
Como é que a cobra faz para se alimentar?
Eu olho nos olhos para hipnotizar.Depois eu dou o bote e está pronto o meu jantar.
Kaá, Kaá, eu vim te perguntar…
Por que de tempo em tempo sua pele vai trocar?
Eu ando, me arrasto e o sol é de lascar.A pele fica velha, é preciso renovar.
Kaá, Kaá, eu vim te perguntar…
Você irá conesco para o Mowgli resgatar?
Minhoca amarela? Banguela? Deixa estar…Aqueles Bandarlogs ainda hão de me pagar,e com a minha ajuda, vocês podem contar!
Rikki-Tikki-Tavi
Esta história aconteceu com Teddy e sua família.
Arrastado por uma avalanche de terra e de pedras produzidas pelas chuvas de verão da Índia, eu cheguei muito machucado ao jardim de uma pequena casa onde viviam Teddy e seus pais.
Eles trataram dos meus ferimentos e me acolheram com muito carinho e então passei a fazer parte da família. Quando recuperei minhas forças, dei um salto fenomenal e fui parar no ombro de Teddy.
Que grandes amigos nos tornamos desde então!
Tinha muito carinho por meu amigo e sua família, além de muita gratidão porque, sem a sua ajuda, teria morrido.
Em certa ocasião pude demonstrar-lhes todo o meu afeto, salvando-os do ataque de Nag, a cobra malvada, e sua perigosa esposa Nagaina. Nesse dia eu estava no jardim conversando com Darzee, o pássaro tecelão, e com sua amável esposa Darzeena, quando ouvi um silvo que vinha do gramado.
Rapidamente dei um pulo para trás e vi duas cobras, com as cabeças bem erguidas e os capuzes abertos.
Elas acreditavam que eu iria ficar apavorados só por vê-las, mas certamente não sabem que nós mangustos somos difíceis de assustar. Além disso, lembro-me que minha mãe sempre me ensinou que devemos lutar contra serpentes venenosas.
Sendo tão jovem, senti-me muito bem pela forma como consegui evitar o ataque pelas costas de Nag e
Nagaina. Isso me deu muita confiança e também me ensinou a estar sempre alerta, pois os perigos estão
por toda a parte.
Em outra vez, Teddy veio até mim e quando se abaixou para me colocar no seu ombro, percebi alguma coisa se mover entre a poeira e uma voz bem fraca disse:
– Cuidado! Eu sou a morte!
Quem falava era Karait, uma pequena serpente cor de terra. Sua picada é tão mortal quanto à de qualquer outro animal venenoso, no entanto é mais perigosa por ser pequenina e todos subestimarem sua importância.
Teddy estava em perigo.
Sem vacilar, avancei em direção a Karait, ondulando meu corpo como se estivesse dançando.
A serpente atacou imediatamente, mas eu saltei sobre suas costas e dei-lhe uma mordida fatal.
Assim consegui salvar a vida de Teddy mais uma vez. Ele e seus pais ficaram muito felizes e eu também
fiquei muito satisfeito com as minhas ações.
Agora que já conhecemos a história é hora de aprendemos a música.
RIKKI TIKKI TAVI
Melodia: “Croc, croc”, da Xuxa
Rikki Tikki
Tikki Tavi.
O mangusto que um dia
o jovem Teddy acolheu.
Rikki Tikki
Tikki Tavi.
Que prova de amizade que ele deu.
Darzee, o passarinho que vivia no jardim
temia a cobra Nag que do mal estava a fim.
Mas todos se uniram para Nag enfrentar
e Rikki Tikki Tavi, o valente, foi lutar.
Nag e Nagaína
eram um perigo.
Rikki acabou com eles
defendendo o seu amigo.
Rikki Tikki
Tikki Tavi.
O mangusto que um dia
o jovem Teddy acolheu.
Rikki Tikki
Tikki Tavi.
Que prova de amizade que ele deu.
Kotick, a foca branca
Nasci em uma praia onde milhares de focas se reúnem para passar o verão. Como todo filhote, tive que aprender muitas coisas, antes de “poder nadar com minhas próprias nadadeiras”, como dizem as focas. Com meus amigos aprendi a comer peixes, a chapinhar na água e a enfrentar as ondas.
Quando cresci, tive uma experiência que mudou minha vida: conheci os homens. As foquinhas estavam brincando na praia quando eles chegaram, pegaram algumas e as levaram para um lugar onde estavam outros caçadores e começaram a bater nos meus amigos com paus que tinham ponta de metal.
As foquinhas ficaram imóveis, sem qualquer tipo de reação.
Quando contei às outras focas o que tinha visto, só me disseram que, se eu não quisesse ver as focas morrendo, não deveria me aproximar do matadouro.
Não entendi por que pensavam assim e tomei a decisão de procurar outro lugar para meu povo, onde os caçadores não pudessem chegar.
Mergulhei no mar e chorei muito. Meu pranto chegou aos ouvidos de um leão marinho que me perguntou:
– Posso saber por que você está chorando desse jeito?
– Estão matando todas as foquinhas!
– Como você é exagerado! Você não as está ouvindo brincar na praia? Provavelmente, só mataram umas
poucas.
– Mas estão matando! Precisamos encontrar outra praia!
– Você deve descansar um pouco e depois procurar o elefante marinho, que talvez conheça um bom lugar.
– Procuro um lugar seguro para as focas – perguntei ao elefante marinho
– Quem sabe disso é manati, a vaca marinha – respondeu ele – Agora, dê o fora, pois estou muito ocupado. – Ocupado! Ocupaaado…! – gritaram as gaivotas.
Voltei para ouvir a opinião dos meus pais.
Meu pai me aconselhou a deixar as coisas como estavam; minha mãe, que eu deixasse de lado essas preocupações e fosse brincar com as outras foquinhas.
Vai ser mais difícil do que eu imaginava, pensei.
Não devo lutar apenas contra os homens, mas também contra a resignação do meu povo. Mas não tem importância, vou continuar procurando o que creio que é melhor para todos.
Naveguei muitos mares sem descanso. Atravessei sem sucesso águas frias e quentes, águas calmas e tormentosas. Inspecionei ilhas, rochedos e praias buscando um refúgio para o povo das focas. Mas onde quer que chegasse encontrava sempre com mais caçadores.
Foi uma viagem enorme, até encontrar as vacas marinhas. Comecei a segui-las de um lado para outro sem perdê-las de vista. Por sorte sou um bom nadador. Isso e o empenho para salvar meu povo me mantinham atento e ágil, e quase não notava meu cansaço.
Quando finalmente saíram à superfície, fiquei maravilhado. À luz do alvorecer apareceram diante dos meus olhos várias praias de areia suave e dura, rochas lisas boas para criar filhotes e dunas de inclinação suave. Além disso, meu olfato me informou que nenhum homem havia chegado até aquele lugar.
O que mais podia desejar o povo das focas?
Voltei para Novastoshnah, cansado, porém feliz. Contei minha façanha a meus pais e às outras focas. Convidei todo mundo a me acompanhar até o refúgio, mas só umas poucas se convenceram a me acompanhar.
O que eu não sabia, naquele tempo, é que nem sempre é fácil fazer com que todos aceitem uma nova ideia. As focas precisam de tempo para chegar a uma conclusão. Entretanto, quando chegou a temporada da migração, um bom grupo de focas veio ao meu encontro. Assumi a liderança do grupo e iniciamos a travessia do Pacífico rumo à formosa ilha que eu havia descoberto. E a cada ano, mais focas foram se juntando a nós.
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